O Brasil é um país multilíngue, apesar de sua diversidade linguística ser quase sempre silenciada. Viva Língua Viva é uma afirmação e um chamado engajado e envolvente, exaltando a importância da sobrevivência das línguas, em um mundo que vem se tornando cada vez mais homogêneo e que não parece se importar com o desaparecimento exponencial de línguas e modos de viver.
Não é possível falar da retomada da língua, sem falar da luta pela terra. Como terras podem ser retomadas, na luta, assim línguas podem ser retomadas
Metade das cerca de 6.000 línguas existentes no mundo está em perigo, pois as crianças não estão mais aprendendo a língua. No século XXI, a extinção atingirá as 3.000 línguas restantes, exceto aquelas que têm exércitos e Estados. Há duas razões pelas quais é importante trabalhar com comunidades que estão tentando resgatar a língua. Uma delas é que cada língua pode contribuir para o conhecimento da Linguagem. A outra é que muitas comunidades indígenas, não apenas nas Américas, mas também na Austrália e na África, estão tentando resgatar suas línguas. É um direito que elas têm: proteger, revitalizar o seu patrimônio linguístico, porque é uma parte da vida intelectual da comunidade, é um tesouro que devem ter a chance de guardar. Por isso, creio que os linguistas que estão trabalhando com uma língua devem envolver-se nos programas em favor da sobrevivência ou revitalização da língua.
Somos muito rigorosos aqui na escola de Auckland sobre não falar inglês. A imersão total na língua indígena é a abordagem que realmente funciona. Tem que ser tudo ou nada! É por isso que temos que nos concentrar em ensinar em Maori. Nossa principal tarefa é fazer com que os estudantes indígenas acreditem, no fundo do coração, que isso é bom. Não há como a língua indígena sobreviver sem isso. Isso é o mais importante. Eles devem acreditar que sua língua nativa é da terra, do céu, das florestas.
Quando criamos os primeiros ninhos de língua na Nova Zelândia, nós afirmamos: Não importa se a língua não está nos lares, tudo bem, porque nós criamos os falantes nas escolas. Nós tínhamos acento, sequer éramos falantes nativos! Mas quem se importa?! Se nós não fizéssemos, quem faria? Nós nem sequer discutimos muito a questão, apenas fizemos! E hoje todos concordam que foi o certo a fazer.
Quando criamos os primeiros ninhos de língua na Nova Zelândia, nós afirmamos: Não importa se a língua não está nos lares, tudo bem, porque nós criamos os falantes nas escolas. Nós tínhamos acento, sequer éramos falantes nativos! Mas quem se importa?! Se nós não fizéssemos, quem faria? Nós nem sequer discutimos muito a questão, apenas fizemos! E hoje todos concordam que foi o certo a fazer.
Se eu pudesse retomar uma escola para que essas crianças aprendam, eu mesma seria a primeira a entrar para eu aprender a MINHA língua
15 de agosto de 2019 | Data limite para envio de trabalhos |
01 de setembro de 2019 | Envio de cartas de aceite |
10 de novembro de 2019 | Data limite p/ inscrição no evento |
11 a 14 de novembro de 2019 | Período do evento |
31 de janeiro de 2020 | Data limite p/ envio de trabalho completo |